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Sispmur promete outdoor da vergonha; projeto que retira direitos ainda passará por 2ª votação

25 de agosto de 2022

O Sispmur já iniciou mobilização contra a aprovação do projeto de lei nº 036, que que altera a tabela salarial dos educadores do município. A proposta foi aprovada, em primeira votação, na sessão ordinária de quarta-feira (24), por 16 votos a 4.

O projeto deve ser colocado em segunda votação na próxima semana. Uma sessão extraordinária deve ser convocada para segunda-feira (29), às 9h.

A direção Sispmur confirmou a reportagem que vai confeccionar um outdoor para ser instalado na fachada do sindicato, que fica na Avenida João Ponce de Arruda, uma das vias mais movimentadas do município, caso os vereadores confirmem a retirada de direito dos trabalhadores. “O executivo passou semanas utilizando alguns veículos de comunicação para manipular a opinião pública e os servidores municipais, mas não conseguiram. Essa gestão não tem crédito na sociedade. Só acredita nesse prefeito parte dos integrantes do legislativo. Se eles insistirem nesse projeto absurdo vamos confeccionar um outdoor com resolução e dimensões suficientes para ser avistado de longe. Vamos instalar iluminação para nomes e fotos ficarem bem destacados”.

A proposta que foi reprovada pela categoria tramita pela casa de leis sem qualquer aval do representante legal da categoria. Neste caso o Sispmur. “A indignação é geral eles fizeram uma narrativa que é aumento, valorização para os mais novos. Na realidade é um achatamento de salário. O Sispmur pediu aumento real para todos, mas a gestão municipal simplesmente ignorou. Montaram algo do jeito deles, prometeram o ‘céu’ para quem entra, mas esqueceram de falar para essa turma que lá final eles vão ganhar bem menos do que um servidor em final de carreira hoje. Ou seja, não tenho aumento nenhum, pelo contrário arrebentaram o pessoal mais velho, passaram doce na boca dos que estão entrando e na realidade não propuseram nada de ganho real”.

O que muda para os educadores caso o projeto seja aprovado:

1° – Mudança no percentual dos níveis – progressão vertical (os níveis são construídos pelo tempo de serviço, cada nível representa 03 anos, na mudança de um nível para o outro, o/a professor/a tem um reajuste no salário, conforme a tabela:

Nível 1 (de 0 a 2 anos e 364 dias) continua 0% de progressão;

Níveis 2, 3 e 4 (que vai de 3 a 11 anos) de 4% de progressão passa para 2% de progressão;

Níveis 5, 6 e 7 – (que vai de 12 a 20 anos) de 4,5% de progressão passa para 3% de progressão;

Nível 8 (de 21 a 23 anos) de 4% de progressão para 3% de progressão;

Níveis 9 e 10 – (de 24 a 29 anos) de 3% de progressão para 2,5% de progressão;

2º – Mudança na progressão horizontal, que são as classes (grau de escolaridade), onde a elevação para o mestrado passa de 23% de progressão para 17,5% de progressão;

Em Resumo, o projeto de lei retira 12,5% dos níveis e retira mais 5,5% do mestrado. O prejuízo para os servidores é 18% da carreira.