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Greve Servidores: Negociações não avançam e Rondonópolis poderá ter a maior paralisação da história

30 de janeiro de 2015

Prefeito preocupado com as negociações e movimento grevista

Prefeito preocupado com as negociações e movimento grevista

Os representantes dos Servidores do Município de Rondonópolis se reuniram com prefeito e vereadores, para juntos encontrarem uma solução que viesse contemplar as reivindicações dos trabalhadores e acabar com a greve dentro de um curto prazo. Os sindicalistas foram unânimes em ressaltar que a paralisação não é benéfica para ninguém. Portanto o Prefeito Percival Muniz, foi taxativo em afirmar que não iria atender as reivindicações dos servidores, alegando que o poder público não tem recursos para contemplar as demandas.

Ainda durante a reunião o Executivo apresentou números que foram contestados pelos sindicalistas. Percival alegou que já estaria trabalhando no limite da Lei de Responsabilidade Fiscal, que é de 54% da receita liquida. O prefeito afirmou que hoje a previsão de arrecadação é de R$ 306 Milhões e que desse total R$ 170, Milhões estaria sendo para custear a folha de pagamento.

O sindicato tem números que foram repassados ao tribunal de Contas de Mato Grosso, (TC/MT), que são bem mais inferiores. No TCE consta que a folha salarial do município é de 43%.

Depois de quatro horas de negociações, Percival, assegurou aos sindicalistas e aos vereadores que participaram da reunião que não será feito nenhuma proposta em relação a reposição salarial que é de 19%, um dos itens da pauta que tem 22 reivindicações.

Prefeito Percival Muniz, em discussão com vereadores e servidores, durante a reunião na manhã desta sexta-feira (30)

Prefeito Percival Muniz, em discussão com vereadores e servidores, durante a reunião na manhã desta sexta-feira (30)

O prefeito ainda disse que; na questão financeira os servidores devem esperar por mais uns 90 dias, para ele (prefeito), avaliar como a economia vai se comportar. Ele ainda desafiou caso contrário os servidores mantenham a greve. “A greve é um direito de vocês, se for legal que façam, não posso impedi-los”, declarou Percival.

Presidente Sispmur, Rubens Paulo e demais diretores

Presidente Sispmur, Rubens Paulo e demais diretores

O presidente Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Rondonópolis (SISPMUR),Rubens Paulo, lamenta o que o executivo tenha tomado esta decisão. “Eu sou pai de família, e uma greve vem prejudicar todos nós. Nosso objetivo não é a paralisação, mais esta a única ferramenta que temos de chamar atenção do gestor. Com uma greve todos perde, o problema é do município e nós servidores somos município, portanto queremos uma solução o mais rápido possível”, ressaltou.

Esta poderá ser uma das greves mais duradouras no município do Rondonópolis, uma vez que o prefeito deixou claro que não terá condições de atender as reivindicações dos servidores. Depois de várias promessas feitas aos servidores e o não cumprimento de nenhuma o prefeito perdeu a credibilidade e a confiança dos servidores públicos. Prejuízo que a cidade terá que pagar caso o executivo não reveja o posicionamento e negocie com a categoria.

Ao final da reunião o vereador Aristóteles Cadidé, foi nomeado para acompanhar as negociações e junto com os demais vereadores tentarem encontrarem uma solução, e por fim ao movimento grevista.

Participaram da reunião os vereadores; Lourisvaldo Manoel de Oliveira (Fulô), Dico Sodré, Adonias Fernandes, Thiago Silva, Olimpio Alvis, Hélio Pichione, Mauro Campos,Cláudio da Farmácia, Jailton do Pesque Pague,Reginaldo Santos, Ibrahim Zaher, Marcelo Marques e Aristóteles Cadidé.