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Diretor do IMPRO edita resolução que tira direitos dos servidores

14 de maio de 2015

De acordo com o Estatuto do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Rondonópolis (SISPMUR), a responsabilidade eleger a comissão eleitoral, acompanhar, organizar, coordenar o processo das  eleições do ServSaúde e do  Instituto Municipal de Previdência dos Servidores de Rondonópolis (IMPRO), é do Sispmur.

Após decisão deliberada em assembleia geral da categoria, todo procedimento deve ser executado na sede do sindicato.

Josemar Ramiro-Diretor Executivo do IMPRO

Josemar Ramiro-Diretor Executivo do IMPRO

Mas o atual diretor executivo do IMPRO, Josemar Ramiro, ignorou todas as normas regidas no estatuto, e no final do ano passado Josemar, juntamente com o Presidente do Conselho Curador, Messias Tadeu de Souza, fez editaram resolução mudando regras do processo eleitoral. Dentro desta nova resolução eles tiram o direito do sindicato coordenar as eleições e também limitaram o direito dos servidores em participarem da escolha da nova diretoria.

A resolução, editada por Josemar Ramiro, limita e diminui o numero de servidores da educação que votarão nas urnas volantes que passariam   nas escolas e creches, se manter apenas as urnas fixas  esse profissionais seriam excluídos do processo eleitoral.

Nas eleições anteriores o sindicato disponibilizou urnas ambulantes acompanhadas de fiscais das chapas concorrentes e um mesário. O objetivo era que todos participassem do processo democrático.

Com esta ação Josemar deixa claro que pretende manter o grupo que gerou prejuízos aos cofres do Instituto na gestão da previdência dos servidores.

O Sispmur solicitou reunião com o conselho  curador  do IMPRO, para revogar essa decisão equivocada. Também haverá assembleia extraordinária que discutirá o assunto com toda categoria.

PERDAS COM A MÁ GESTÃO

Josemar Ramiro, está sob investigação da receita federal por investir o dinheiro do Instituto em fundos que geraram prejuízos ao cofre do IMPRO. Tanto que a justiça acolheu pedido liminar do Ministério Público do Estado de Mato Grosso e decretou a indisponibilidade de bens, no montante de R$ 2,5 milhões, de diretores do IMPRO, e das corretoras Diferencial Corretora de Títulos e Valores Mobiliários, Albatross Corretora de Câmbio e Valores S/A e Ourominas Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. Além da indisponibilidade de bens, do diretor também tem recursos do IMPRO presos em fundos de investimentos. A decretou a quebra do sigilo bancário e fiscal das empresas acima citadas.

No inicio Josemar negava os prejuízos, chegou a ir a imprensa e afirmar que tudo não passava de politicagem. Pouco tempo depois, ele admitiu que houve um prejuízo  de três milhões com aplicações feitas através do banco BVA, conforme havia denunciado o Sispmur. Mais de 50% dos recursos do Instituto continuam em fundos de riscos considerados podres.

A má administração com os recursos dos servidores, está gerando um déficit nos cofres do município. A prefeitura teria que repassar ao IMPRO, 11% da folha salarial, atualmente está repassando mais de 18%, isto segundo o prefeito Percival Muniz.

Se continuar com esta linha de gestão os servidores de Rondonópolis, poderão passar pelos mesmos desgastes que estão passando os professores do Estado do Paraná. O executivo terá que fazer uma reforma  previdenciária, o que irá tirar direitos dos segurados, uma vez que os cofres da prefeitura não terão como pagar a conta.

Resumindo, o servidor que trabalhar mais de 30 anos planejando chegar ao final da carreira, e se aposentar poderá ser decepcionar, com o não recebimento de sua aposentadoria. Se continuar esta mesma linha de gestão nos próximos anos o IMPRO irá a falência.