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Paciência dos servidores do município chega ao limite e Sispmur sinaliza indicativo de greve

28 de novembro de 2013

O presidente do Sindicato dos Servidores públicos Municipais de Rondonópolis (SISPMUR), Rubens Paulo, está protocolando pela segunda vez um pedido de audiência com o Prefeito Percival Muniz. O objetivo é discutir o aumento do piso salarial dos servidores. A data base dos trabalhadores do município é janeiro, e para o sindicalista é necessário sentar com o executivo e discutir os reajustes para os servidores. Também está na pauta as discussões da implantação do piso nacional para os professores municipais a exemplo do que já acontece no Estado.

As discussões dos PCCS estão atrasadas, o prazo inicial seria para 30 de setembro deste. O ano está acabando e os PCCS ainda não saíram dos rascunhos, (projetos estão em andamentos).Ainda que os prazos estejam esgotados, o sindicato vai discutir com os servidores e finalizar os projetos para serem encaminhados à Câmara Municipal.Vale lembrar que os novos PCCS mexem com a vida milhares de famílias que, direta ou indiretamente dependem dos mesmos.

Outro ponto que o sindicalista questiona é em relação aos encaminhamentos dos Planos Cargos Carreiras e Salários dos Servidores (PCCS). Ainda de acordo com Rubens, todas as discussões têm que passar pela aprovação dos servidores. A exemplo é a Normativa da Educação, que causa grandes transtornos aos servidores das escolas. A Normativa acaba com o sonho da gratificação dos profissionais da rede educacional. Dentre as propostas está o aumento de 10 horas de trabalho. “O aumento é somente de serviço, porque o valor que será pago a mais é para pagar as horas extras. O que seria gratificação no PCCS está transformado em horas extras. Isso não traz nada de avanços para os servidores”, declarou Rubens.

Todas as discussões deverão ter a participação do sindicato, uma vez que o SISPMUR, é o órgão oficial que representa os interesses dos servidores. As mudanças deverão atender a coletividade e não beneficiar alguns profissionais de forma isolada. O sindicato está cobrando uma discussão aberta, democrática e que atenda todos os servidores.

Contra Proposta

Rubens disse que o SISPMUR, vai lutar pela aprovação de uma gratificação aos coordenadores pedagógicos, e que não esta sendo aceita a proposta da Normativa da Educação, onde o aumento a carga horária de 30 para 40 horas, não compensa financeiramente, como tira vaga de um professor, na medida em que a cada tres profissionais que optarem por este “engodo”. Os coordenadores pedagógicos também estão na mesma situação.

Descaso com o Servidor

O que foi proposto durante o período eleitoral não tem mais validade para o executivo. Servidores contratados reclamaram que o atual Prefeito transformou a vida dos servidores em angustia.
O executivo impôs um transtorno à vida dos servidores; a perícia do município é desumana, em relação as licenças médicas o tratamento tem sido questionado. Isso tem obrigando servidores trabalharem enfermos (com problemas de saúde). Isso é uma imposição e estão maltratando demais os servidores. A categoria mais atingida é dos Agentes de Serviços Diversos (ASD).

O numero de ASDs por unidade é reduzido, e atualmente cerca de 30% destes sofrem com algum tipo de doença adquirida através do trabalho, como exemplo a Lesão por Esforço Repetitivo (LER). Além de não estarem bem de saúde, ainda são obrigados a trabalharem para não terem prejuízos nos rendimentos. A prefeitura não acelera os PCCS, para realizar o concurso público como prometido em campanha para repor o quadro deficitário existente. Concurso este que é uma exigência do Ministério Público.

“O sindicato não vai compactuar com ações que tragam prejuízos aos servidores. Vamos sentar com o executivo e discutir todos os pontos ressaltados acima. O nosso papel aqui é representar os servidores, se for necessário levaremos um Indicativo de greve para ser definido em Assembléia com os servidores. Os servidores já estão sem paciência para esperar o prefeito. Até agora só entregaram a minuta do PCCS da Saúde. Adiantamos que, independentemente, da conclusão dos PCCS, temos que discutir o aumento salarial que será de 19% em 2014; não queremos aumento de jornada e trabalho e sim valorização. Tempo eles tiveram para definirem, agora vamos colocar em pratica”, finalizou Rubens Paulo.