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Greve: Secretária de educação tenta enfraquecer o movimento, mas foi surpreendida pelo Sindicato

14 de maio de 2014

A Secretária Municipal de educação Ana Carla Muniz, marcou uma reunião com os diretores de todas as unidades escolares de Rondonópolis. A surpresa foi que a Secretária não contava com a presença de alguns diretores do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Rondonópolis (Sispmur), e grande parte de professores que estão no movimento grevista. Quando Ana Carla foi comunicada do numero de servidores que estavam chegando ao local da reunião,  a assessoria da Secretária impediu que a maioria entrassem no auditório, local da reunião. Depois de alguns minutos foi liberada a entrada de oito servidores que não fossem diretores de escolas, entre eles parte da diretoria do Sindicato.

O objetivo da reunião, fazer uma apresentação dos ganhos durante a carreira profissional dos educadores ao longo dos anos. Logo após apresentação a Secretária perguntou aos diretores qual seria o motivo deles ( diretores), fazerem parte da greve. Ana Carla, falou diretamente olhando nos olhos de cada um, numa tentativa de convencer aos servidores que não há motivos para o movimento. Alguns diretores responderam, que estão  com salários defasados, precisam de reposição imediata. “Eu vejo falar em melhorias, mas na prática isso não acontece. Não é justo um diretor com mestrado ganhar pouco mais de R$ 2.500, isso é um absurdo”, disse um dos diretores de escola.

O presidente do Sispmur Rubens Paulo é professor, e analisa a reunião como forma de tentar enfraquecer o movimento que ganha força todos os dias. Rubens pediu a fala e saiu em defesa dos servidores, o sindicalista mostrou a pauta de reivindicações e explicou a necessidade dos servidores serem atendidos. Rubens ainda pontuou que a greve esta fortalecida, e citou como exemplo a educação, das 56 escolas municipais, apenas 08 estão funcionando.

Outro ponto que mostra a força do movimento é a adesão dos funcionários do Paço Municipal, que aderiram a greve. “Isso é inédito nunca os servidores do Paço paralisaram e nesta greve eles estão no movimento”, declarou.

Rubens Paulo, lamenta que o Executivo tenha deixado os servidores cruzarem os braços. “O sindicato não gosta de fazer greve, porque um movimento desta natureza todos perdem. Mas quero deixar bem claro pra toda sociedade, estamos de portas abertas para sentar com o Executivo e chagarmos a um acordo e por um fim greve. Basta o Prefeito analisar nossa contraproposta que ele vai perceber que estamos pertos de chegarmos a um acordo”, disse Rubens Paulo.