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Professores de 4 cidades estão em greve

26 de fevereiro de 2014

Mesmo com decisões judiciais contrárias, professores e funcionários da Educação de 4 municípios seguem em greve por tempo indeterminado. De acordo com o sindicato que representa a categoria, os trabalhadores das redes municipais atualmente paralisadas irão ingressar com recurso para reverter as decisões.

O último município a suspender as atividades foi o de Nova Olímpia, nesta segunda-feira (24). Os trabalhadores lutam pelo pagamento do Piso Nacional da categoria, que é de R$ 1.697,37. Hoje os educadores recebem R$ 1.273,04.

Mesmo com a adesão de 80% da categoria, a prefeitura não aceita o estudo da categoria e continua a adiar a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) por mais de três anos em acordos que já haviam sido afirmados.

Primeira cidade a ter as aulas suspensas, em 3 de fevereiro, Colíder segue sem nenhuma perspectiva de retorno aos trabalhos. Os trabalhadores, que cobram a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), alegam que a decisão da prefeitura em ingressar na Justiça ocorreu sem que nenhuma rodada de negociação fosse realizada.

Já no Município de Sinop (500 km ao norte) técnicos administrativos paralisaram as atividades para lutar pelo reajuste prometido pela prefeitura. Os trabalhadores reivindicam reajuste para sanar a defasagem salarial desses profissionais em relação aos apoios administrativos.

Os professores municipais de Várzea Grande, município vizinho da capital, também aderiram ao movimento no último dia 17 de fevereiro. Um dia depois o TJ decretou a ilegalidade da greve. Devido a isso a prefeitura do município Nem chegou a se manifestar junto à categoria.

De acordo com o Presidente do Sindicato, henrrique Lopes do Nascimento, nos casos em que houve intervenção da Justiça através da liminar judicial o Sintep-MT irá entrar com pedido de agravo da decisão monocrática. “Os trabalhadores vão continuar a recorrer à luta política para garantir o cumprimento dos direitos, mesmo que haja repressão”.

“Não foi nenhuma surpresa para nós a judicialização das greves nas redes municipais. O Tribunal de Justiça não tem arbitrado em favor dos trabalhadores, o que aponta que a “A categoria tem mantido seu posicionamento, em busca do cumprimento da legislação nacional. Iremos recorrer dessas decisões arbitrárias, que vão contra os direitos dos trabalhadores”, afirma o secretário de Redes Municipais do Sintep/MT, Alex Ferreira da Cruz. (Com assessoria)

Fonte: Letícia Kathucia, especial para o GD