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Servidores fazem protesto e cobram apoio da Câmara

17 de março de 2014

Na tarde desta segunda-feira (17), os servidores públicos do município de Rondonópolis, foram mais uma para a porta do gabinete do prefeito Percival Muniz. Os sindicalistas vão sugerir que o legislativo tranque as pautas na Câmara e não vote nenhum projeto do executivo, enquanto o prefeito não sentar com a categoria e negociar parte da reposição salarial que hoje está em 19%.

Servidores durante o protesto desta segunda-feira(17)

Servidores durante o protesto desta segunda-feira(17)

O movimento é uma adesão a paralisação nacional, os servidores cobram a aprovação do Plano Nacional da Educação, da aplicação total dos royalties do petróleo em educação, e também são contra o projeto dos governadores que desejam a correção de reajuste salarial pelo INPC, eles cobram a aprovação da Lei Nacional de Diretrizes de Carreira e que 10% do PIB seja revertida para a educação pública.

O encerramento das paralisações será na Câmara Municipal,onde os servidores vão pedir para os 21 vereadores trancarem a pauta, e não votarem nenhum projeto do executivo. Um dos diretores chamou a atenção do poder legislativo, nenhum vereador compareceu ao movimento.

A reposição é um  compromisso que o executivo firmou com a categoria durante “sabatina”, realizada ainda no período de campanha. Na oportunidade Percival disse que faria a reposição dos 19% em quatro anos e daria mais um “plus”. “Pra cada aumento de receitas correntes liquidas, a gente dispara automaticamente  uma reposição, com a seguinte meta, nos quatro anos repor totalmente os 19%. E mais um plus, quanto vai ser este plus? O aumento  de receitas correntes liquidas, com o seguinte parâmetro nos final do mandato os 19% que estava na pauta de reivindicação 100% atendida. Acho que é uma meta pé no chão, uma proposta factível, que a gente pode garanti r depois honrar”, disse Percival durante a sabatina.

Mas a realidade hoje é bem diferente, o prefeito, disse que não vai fazer nenhum repasse para os servidores. E ainda incentivou os trabalhadores a entrarem em greve. “Não vamos fazer reposição nenhuma, não tenho condições. Se vocês não concordarem que façam greve”, declarou o prefeito.

O sindicato  trabalha para que não haja uma greve geral. Segundo o presidente Rubens Paulo, uma greve não é positiva para nenhuma das partes. Mas se o prefeito não revê os posicionamentos em relação aos servidores, a greve não está descartada. “Nós acreditamos que o dialogo ainda é a melhor opção. Uma greve gera muitos transtornos tanto para os servidores quanto para a sociedade, que vai ficar com os serviços comprometidos. Mas infelizmente o prefeito não analisa desta forma. Queremos deixar bem claro para toda cidade, caso haja uma greve a responsabilidade é toda do prefeito. Os servidores já estão cansados de esperar e o executivo simplesmente ditar as regras. A insatisfação dos servidores é grande, e para segurar isso é complicado”, finalizou um dos diretores.

Nesta terça-feira (18) a manifestação começará às 8h na Praça Brasil, os servidores da educação pública municipal vão se concentrar no local e depois sair em caminhada pelas ruas do centro da cidade. O encerramento será na quarta-feira (19),  a tarde na Câmara de Vereadores.