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Trabalho infantil reduz em 11% o desempenho escolar, diz pesquisa

27 de agosto de 2013

Um estudo encomendado pela Fundação Telefônica Vivo à consultoria Tendências chegou a conclusão que o trabalho infantil fora de casa pode ser responsável por um desempenho até 11% inferior dos alunos da 4ª série. A pesquisa foi feita com base em dados do SAEB (Sistema de Avaliação da Educação Básica) de 2003.

Ainda de acordo com o estudo, trabalhar 4 horas ou mais em atividades domésticas reduz, em média, o desempenho escolar dos alunos da 4ª série do ensino fundamental em mais de 6%, e para os alunos da 8ª série do ensino fundamental esse impacto negativo fica em torno de 4%.

A pesquisa também concluiu, com base em dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) 2011, que que crianças e adolescentes que trabalham têm 3,1% menos probabilidade de frequentar a escola do que os jovens que não trabalham.

O estudo aponta ainda para o “círculo vicioso” do trabalho infantil: “Crianças e adolescentes começam a trabalhar cedo em função das condições socioeconômicas desfavoráveis que enfrentam. Porém, no mercado de trabalho se defrontam com rendimentos baixos, muito aquém do obtido por adultos na mesma atividade e com mesmo nível de instrução. Ainda, o trabalho funciona como desestimulo a frequência escolar, e mesmo aqueles que frequentam a escola apresentam desempenho fraco com baixo nível de aprendizado. Assim, essas crianças e adolescentes, quando adultos enfrentaram dificuldades de inserção no mercado de trabalho devido ao baixo acumulo de capital humano”.